quarta-feira, 24 de abril de 2013

O amor é a melhor terapia

Amor o melhor remédio contra o Alzheimer

A coisa que mais me fascina na fotografia, é a capacidade dela parar o tempo, guardar a emoção contida naquela fração de segundo, eternizar um sorriso, um olhar, uma vida.
Hoje , quase dois anos após a morte de meu pai, só me resta as lembranças de tantos momentos vividos ao seu lado , muitos eternizados em fotos, as quais quando olho sou capaz de ouvir sua voz , seu sorriso.
Papai se foi e eu sempre tive uma certeza que o amor vivido entre ele e minha mãe, em mais de 62 anos de casamento ,  jamais seria esquecido, mas de repente apareceu o alemão, um tal de Al..., incrível os mistérios de nosso cérebro. 
Eu que já vivia com eles à muitos anos, da forma mais natural possível,  encarei a situação. Em pouco tempo percebi que minha vida toda mudaria, a primeira coisa que precisei deixar para outro momento foi o foto-clube de Santos. 
Era impossível continuar dando a atenção que eu julgava ser necessária a minha função de Diretor e cuidar de minha mãe. 
Aos poucos me desliguei inclusive do Clube, e cada vez fotografei menos.
Claro que nunca parei nem irei parar, fotografia hoje é como o ar que respiro, mas hoje ela é mais pontual pois falta o principal, tempo para sair e fotografar.
Mas a vida sempre acha algum caminho, e a necessidade de fazer um tratamento longo de  fisioterapia em minha mãe, e a distância de 2 km que separam minha casa da clínica, me fizeram ter uma ideia. Arrumei uma cadeira de rodas para ela não se cansar e passei a caminhar todos os dias da semana, em passeios pela orla da praia, que sem dúvida estão fazendo um bem enorme a nós dois.
Esse roteiro único me fez pensar em uma coisa que já li em vários artigos, que fala sobre as várias formas de olhar o mesmo assunto e é isso que pretendo fazer e compartilhar com vocês nas próximas semanas, pra não ficar cansativo farei um apanhado semanal e postarei aqui.
Espero que a experiência seja útil também pra vocês. 
Todos as fotos aqui apresentadas foram tiradas a partir das 14 hs, com a câmera Nikon D60 e a lente 18~55 mm , f/3,5~5,6. 
Os assuntos serão os mais diversos possíveis em cores ou convertidos para preto/branco. 
A edição feita através do  Camera RAW , CS5 e /ou Photoscape, qualquer dúvida ou pergunta é só postar nos comentários que respondo.
Essa jornada começa no dia 15/04/2013, saímos de casa , moro a três quadras da praia de aparecida em Santos, sigo pela Alexandre Martins até os jardins da praia e de lá até o final da praia na calçada após o aquário, onde fica a Casa da Esperança a meia quadra na rua Imperatriz Leopoldina, depois de feita a terapia faço o caminho de volta, e é na volta que tiro a maior parte das fotos que postarei, mas vou começar com as fotos da minha querida mãe.



uma parada para relaxar e curtir um lindo final de tarde, apesar de seu semblante sério ela está feliz pois a muito não vinha à praia, essa foto tirada com o sol à direita, fiz com o foco no segundo plano mesmo em 18mm f/5, iso 100, e velocidade de 1/1250s, na edição apenas um ajuste no camera raw na exposição.



nessa um sorriso, eu falei que ia mandar as fotos pros netos e bisnetos dela, aí é fácil ele aparecer, muitas de suas lembranças se foram mas o amor a família está lá muito enraizado. Foto em 18mm , f/5, 1/125s, iso 100




essa feita em 55mm f/5,6 iso 200, veloc. 1/200, apesar de seus lindos olhos azuis preferi converter em P/B .




aqui uma feita em contraluz, ao lado do posto 6, havíamos passado por lá pra ver uma exposição de minha amiga Maria Fernanda, e na saída parei pra ela tomar um solzinho, a foto foi tirada com iso 100, veloc. 1/200, f/5,6, 18mm e uso de flash para  ela aparecer.
Bem agora que vocês já conhecem minha mãe vou mostrar algumas fotos com outros motivos, esse é um roteiro muito interessante pra quem gosta de foto de rua. Também há a possibilidade de explorar fotos macro e claro de natureza.



Há um universo de possibilidades quando se caminha pelos jardins de praia em Santos, a começar pelo fato dele ser o maior do mundo nesse gênero, mas estarei aqui falando de uma pequena parte dele, uma que por sinal me trás inúmeras recordações, quantas vezes meu pai sentou nesses bancos observando o mar para depois irmos pescar à noite por essas praias, talvez assim como esse senhor , que talvez observe as crianças e lembre de seus filhos. Foto tirada em 18mm, f/3,5, veloc. 1/2000s, iso 100 convertida no CS5 .



nessa usei as mesmas configurações com a diferença de ter editado depois no photoscape aumentando o contraste, aplicando o filtro de filme provia médio e vinheta.




aqui  apliquei filtro infrared. A foto foi tirada em 32mm, f/5 , veloc. 1/800 , iso 100.
essa com a mesma configuração da anterior.



aqui uma foto em contraluz com as seguintes configurações : iso 100, f/22, veloc. 1/50, 18mm. 

é quase impossível ter um resultado bom sem um filtro de densidade, essa foi tirada com lente 18mm, f/10, veloc. 1/320s, iso 100 e no tratamento usei o plug-in Viveza2





essa foi tirada com 18mm, f/11 , veloc. 1/500s e iso 100. Na edição apliquei camada de filtro azul




essa usei 18mm, f/5,6, veloc. 1/4000s e iso 100, também apliquei filtro azul.




aqui usei 29mm , f/4,8, veloc. 1/160s e iso 100




nessa 32mm, f/4,8, veloc. 1/50 e iso 100

nessa 55mm , f/5,6, veloc. 1/200s,  iso 100, um corte feito para valorizar mais o assunto.


nos jardins ao fim da tarde é comum encontrar rolinhas , pardais, bem-te-vis, joão-de-barro  e sabiás, requer atenção e paciência para encontrar o melhor angulo entre os galhos, mesmo com a lente inadequada é possível captar algumas boas imagens, essa 55mm, f/5,6, veloc. 1/160s e iso 100


 essa 55mm, f/5,6, veloc. 1/250s e iso 100

Esse foi um pequeno apanhado da primeira semana, espero que vocês comentem e que também possam fazer exercícios semelhantes , nem sempre é preciso fazermos viagens distantes para mudar o foco de nossas fotografias e sempre é valido treinar o olhar.

Semana que vem posto o resumo da segunda semana, até lá.


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